Ministro de Dilma intimidou diretor do SBT devido a opiniões de Sheherazade, diz jornal

Depois que Rachel Sheherazade voltou para a bancada do "SBT Brasil" nesta segunda-feira (14), a emissora anunciou mudanças na postura da âncora. A partir de agora, Sheherazade e o colega de bancada, Joseval Peixoto, não poderão mais emitir opiniões durante a apresentação do telejornal.

De acordo com o Notícias da TV, a cúpula da emissora passou por uma reunião na tarde de segunda-feira para definir o posicionamento dos jornalistas no "SBT Brasil". Após o encontro, Sheherazade comentou com colegas que pensou que seria demitida e que "saiu barato" ser apenas censurada. O salário da apresentadora seria de R$ 90 mil por mês, segundo a revista Veja.

Em nota divulgada pelo SBT, a emissora informa que Sheherazade e Peixoto não farão mais comentários para preservá-los "em razão do atual cenário criado recentemente". Entretanto, de acordo com o Notícias da TV, a medida foi feita sob pressão do governo federal.

Há duas semanas, Marcelo Parada (diretor de jornalismo do SBT) se reuniu em Brasília com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, que manifestou desconforto com o posicionamento de Rachel Sheherazade. Segundo a fonte, o ministro é responsável por controlar as verbas do governo federal, que investe R$ 150 milhões em publicidade por ano no SBT.

Procurada pelo Notícias da TV, a jornalista afirmou que não foi vítima de censura e que vai continuar emitindo suas opiniões fora do telejornal. "Posso usar as redes sociais para continuar fazendo o que eu fazia no horário nobre: colocar o dedo na ferida. Quando e se a emissora quiser minhas opiniões, volto a falar", completou Rachel.

O SBT não confirma se houve pressão do governo federal para cortar as intervenções de Rachel Sheherazade, e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República ainda não se pronunciou sobre o caso.

(Politica na rede)


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