‘O evangelho segundo São Mateus’, de Pasolini, é reabilitado pelo Vaticano


RIO — O jornal do Vaticano, “L'Osservatore Romano”, reabilitou nesta semana o filme "O evangelho segundo São Mateus", do diretor italiano Pier Paolo Pasolini.

Censurado e muito criticado pela Igreja Católica há 50 anos, quando foi lançado no festival de Veneza de 1964, o filme agora é exaltado pelo Vaticano como a melhor obra já feita sobre a vida de Jesus Cristo no cinema.

O editor-chefe da publicação, Giovanni Maria Vian, disse ao jornal “La Stampa” que a homenagem ao longa de Pasolini é “um símbolo da igreja misericordiosa do Papa Francisco”.

“L’Osservatore Romano” destaca a habilidade do diretor em deixar a mensagem da Bíblia fluir livremente pelo filme. O outrora “maldito” cineasta agora é mencionado como um realizador que demonstra a expressão da inspiração religiosa na tela. A cinemateca do Vaticano também anunciou que “O evangelho segundo São Mateus” foi arquivado em seu banco de dados digital.

A obra foi abençoada como uma “performance inspirada por um realismo sincero”. No filme de Pasolini, que ganhou o prêmio especial do júri do Festival de Veneza de 1964, Jesus aparece com um líder politizado e combativo. A mãe do diretor interpretou Maria, e os outros papéis ficaram a cargo de atores amadores.



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