TCU condena 11 diretores da Petrobras por prejuízo de US$ 792 mi na compra de refinaria

O ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, também foi responsabilizado.
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou ontem, em Brasília, 11 diretores da Petrobras a devolver US$ 792 milhões (R$ 1,6 bilhão) por prejuízos causados na aquisição, pela estatal brasileira, da Refinaria de Pasadena, no Estado norte-americano do Texas. 

Um dos ministro do TCU, Benjamin Zymler, chegou a pedir vista do processo após a leitura do relatório do ministro José Jorge, responsável pelas conclusões. Entretanto, quatro ministros, Marcos Bemquerer, Ana Arraes, Weder Oliveira e André Luiz de Carvalho, votaram a favor do relatório de Jorge, sem mesmo considerar possíveis opiniões divergentes que Zymler poderia ter.

Os conselheiros da estatal, entre eles a presidente Dilma Rousseff, não foram responsabilizados pelo relator nos prejuízos. A proposta de Jorge aponta os integrantes da diretoria executiva, os diretores da área jurídica e os diretores da subsidiária Petrobras América por quatro irregularidades que causaram o dano bilionário à estatal.

De acordo com o relator, no total, a empresa desembolsou R$ 1,25 bilhão para a compra da companhia, incorrendo nesses pagamentos em atos “ilegítimos” e baseados em “pressupostos flagrantemente inconsistentes”, afirmou o relator em seu voto. 

Superavaliada
A maior irregularidade apontada pelo relator, que causou prejuízos de US$ 580 milhões, foi a Petrobras avaliar a refinaria em US$ 766 milhões quando havia posicionamento de uma consultoria norte-americana que apontava que Pasadena valia US$ 186 milhões. 

Outra irregularidade foi o pagamento de adiantamentos da Petrobras à sócia que, depois, não foram compensados, desperdiçando US$ 39,7 milhões.

O ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, e o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró, foram também responsabilizados pelo relator pela assinatura de uma carta de compromisso com a Astra para a compra da outra metade da empresa por um valor maior que ela valia. (da agência Folhapress)


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