Enem 2014 teve 1.519 candidatos eliminados nos dois dias de prova

BRASÍLIA — A edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve 1.519 eliminações. Entre os motivos mais comuns está o uso indevido de celular: 236 candidatos foram eliminados dessa forma, o quíntuplo dos 47 casos observados no ano anterior. Em 2013, houve um total de 1500 eliminações. Os números foram divulgados neste domingo pelo Ministério da Educação (MEC) e são preliminares, ou seja, ainda podem aumentar. O MEC informou também que a abstenção foi de 28,6%, próximo aos 29% de 2013.


O ministro da Educação, Henrique Paim, considerou o número de eliminações expressivo.

— Considerando todas as eliminações por todo tipo de situação, chegamos a 1519. Isso é lamentável, mas nós queremos dizer que vamos continuar aperfeiçoando esse processo, para que qualquer tipo de perturbação, de fraude seja coibida — disse Paim.

Ele também afirmou que a abstenção teve uma melhora pequena, mas próxima do histórico do Enem. O ministro afirmou que poderão ser tomadas novas medidas para tentar diminuir a abstenção, mas sem dar muitos detalhes.

— O que nós precisamos fazer é trabalhar e qual tipo de medida (tomar) em especial naqueles que são reincidentes em relação a essa ausência no dia prova — disse Paim.

Confira o gabarito da prova do Enem neste domingo.

Sobre as avaliações de que o Enem estava mais difícil este ano, cobrando mais conteúdo, Paim disse:

— Esse debate pedagógico em torno do Enem é importante. A nossa equipe do Inep (órgão do MEC responsável pela prova) está se debruçando em torno das provas, porque a prova não é de conhecimento de todos e deve fazer os comentários em torno dessas questões. Nós entendemos que esse comentário é ainda preliminar. No ano passado, havia comentários em torno dessa prova de que nós tínhamos textos muito complexos. Este ano fizemos uma alteração nessa direção para ter um pouco mais objetividade. Então acho que é precipitado comentar agora.

Casos de estudantes que moram longe do local de prova foram comuns este ano no Distrito Federal, onde foi registrado estudantes percorrendo 50 km para fazer o Enem. Sobre isso, Paim disse que é preciso checar caso a caso.

— Temos que verificar caso a caso, depende de como o estudante fez a inscrição dele e como determinou a sua localização (de aplicação da prova) — disse Paim.

O ministro voltou a lamentar a morte de Edvânia Florinda de Assis. Ela faleceu no sábado no Colégio Santa Emília, no bairro do Jardim Atlântico, em Olinda (PE), onde faria a prova, depois de ter um edema pulmonar agudo. Mas destacou que houve também um caso oposto, um nascimento, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, no Ceará.

— Nós tivemos este ano uma morte de Edivânia Assis. Lamentamos profundamente essa morte. Mas ao mesmo tempo que nos solidarizamos com a família, também tivemos uma nascimento de uma criança, que é a Júlia. Começou o trabalho de parto num local de prova. Maria Valdênia Alves Vieira teve o trabalho de parto iniciado durante a aplicação do Enem. Tivemos uma morte, mas também um nascimento. O Enem representa também a esperança das pessoas — disse Paim

(O Globo)



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