Ministros do STJ protestam contra roubalheira na Petrobrás

Ministro Felix Fischer: brado de indignação
Durante julgamento de recurso que manteve a prisão de João Procópio de Almeida Prado (ligado ao megadoleiro Alberto Youssef), na Operação Lava Jato, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) elogiaram a atuação do titular da Vara Criminal Federal de Curitiba, juiz Sérgio Moro, e desabafaram contra o espantoso caso de corrupção do Petrolão, iniciado no governo Lula e desbaratado há oito meses.

O ministro Félix Fischer, por exemplo, que até há poucos meses presidiu o STJ, disse que a corrupção no Brasil está entre as maiores do planeta. E afirmou, taxativamente: “Acho que nenhum outro país viveu tamanha roubalheira”.

O ministro Newton Trisotto, relator do processo em exame na sessão de ontem, disse que a corrupção brasileira é “uma das maiores vergonhas da humanidade”. Ele ressaltou a extensão da Operação Lava-Jato, ao revelar cifras bilionárias. “Pelo valor das evoluções, algo gravíssimo aconteceu”, afirmou Trisotto.

O relator Newton Trisotto pediu ainda “coragem” para o juiz Sérgio Moro, citando o jurista Ruy Barbosa ao dizer que um juiz não pode ser covarde: “Não há salvação para o juiz covarde. O juiz precisa ter coragem para condenar ou absolver os políticos e os economicamente poderosos”.


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