Delator detalha propinas e diz que PT ficou com R$ 455 milhões

A Polícia Federal e o Ministério Público já sabem em detalhes como seria a distribuição de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada neste domingo, planilhas fornecidas por um dos delatores mostram com exatidão de centavos de onde vinha e para onde ia o dinheiro.

As informações foram fornecidas por Pedro Barusco, ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras. Os dados da planilha, segundo a Folha, revelam que 1,2 bilhão de reais foram desviados para o PT e para executivos que possibilitaram o esquema entre 2004 e 2011.

O dinheiro era de 89 projetos da estatal que totalizaram R$ 97 bilhões. Isso significa que 1,3% do dinheiro pago pela Petrobras às empreiteiras nestes projetos era propina. Barusco disse às autoridades que a maior parte desse valor: 455 milhões de reais.

O arquivo de Barusco mostra os detalhes de cada acerto. Quem pagou, quando pagou, quem foi o intermediário, como o dinheiro foi dividido entre PT, o próprio Barusco, seu chefe e diretor da Petrobras Renato Duque e Paulo Roberto Costa, outro diretor delator do esquema.

Na planilha, de cinco páginas, Duque é identificado com MW (de “My Way”, como Barusco o chamava) e Costa com PR.

O PT nega que receba doações ilegais.


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