Ceará já contabiliza mais de 10 mil demissões nos três primeiros meses do ano

É preocupante a situação do emprego no Ceará. De  acordo com os últimos dados levantados, de janeiro a março deste ano, mais de 10 mil pessoas já foram demitidas em todo o Estado, isso levando em conta apenas os principais setores da economia local.

Construção civil e pesada, comércio, indústria de confecções, calçadista e têxtil são apenas alguns setores que estão sendo impactados pelo momento instável da economia brasileira, sem falar nos reajustes significativos promovidos neste início de ano, como na energia e nos combustíveis, que elevam os custos e, consequentemente o preço do produto final.

Duas das atividades cearenses mais reconhecidas no Brasil e exterior, as indústrias de calçados e de confecção do Estado também tiveram que dispensar trabalhadores no início deste ano, motivadas, sobretudo, pela instabilidade econômica vivida pelo País. No total, a estimativa é que cerca de 3 mil pessoas foram demitidas pelos dois setores no primeiro trimestre de 2015, fruto de uma elevada queda na demanda interna e retração nas exportações na comparação com igual período do ano passado.

Mil demissões no Interior

Região que concentra a maior parte da indústria calçadista do Estado, o Cariri, que conta com mais de 300 fábricas, desde as pequenas, médias e de grande porte, como a Grendene, e a Tecnolity, que atua na linha de produção da Havaianas, também teve um corte no quadro de empregados no primeiro trimestre. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuários de Juazeiro do Norte (Sindindústria), cerca de mil demissões já ocorreram desde janeiro - mais que o dobro do ano passado. Baixa na comercialização dos produtos no mercado nacional e nas exportações foram apontados como vilões.

Para se ter um ideia, somente nos primeiros dois meses de 2015 foram contabilizadas mais de 800 demissões no setor calçadista. Segundo o presidente do Sindindústria, Antônio Mendonça, isso significa cerca de 7% no número de empregos diretos. "É preocupante se continuar essa mesma tensão", enfatiza.



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