Governo quer um "sócio na lama", ataca Eduardo Cunha

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse neste sábado que o Governo Federal quer um “sócio na lama”, ao comentar o seu nome e de oposicionistas na lista dos investigados pela Procuradoria-Geral da República no caso Lava Jato. 

“O Governo quer sócio na lama. Eu só entrei para poderem colocar Anastasia”, atacou o deputado federal. Na relação divulgada sexta-feira, o nome do senador e ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), foi incluído. Ele é braço direito do senador Aécio Neves (PSDB-MG), líder da oposição e adversário da presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014.

Cunha apareceu citado em mesmo depoimento de Anastasia. Para o deputado, a peça da Procuradoria é uma “piada” e foi uma “alopragem” de integrantes do Governo, que, segundo acusa, teriam interferido junto a procurador-geral Rodrigo Janot para incluí-lo e a oposição na lista.

“Sabemos exatamente o jogo político que aconteceu. O PGR agiu como aparelho visando à imputação política de indícios como se todos fossem participes da mesma lama. É lamentável ver o PGR, talvez para merecer sua recondução, se prestar a esse papel”, postou Cunha no Twitter.

O maior número de envolvidos é do PP, seguidos pelo PT e pelo PMDB, todos da base aliada de apoio à Dilma Rousseff.

Cunha voltou a negar envolvimento com Fernando Soares, o Fernando Baiano, e reafirmou que o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, foi indicado pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS), que teve pedido de inquérito arquivado. “Fernando Soares nunca representou a mim nem ao PMDB”, disse Cunha no Twitter.



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