Tensão no PMDB: Temer rebate acusações de Renan

A tensão entre Renan e a articulação do governo começou após
a demissão do ex-ministro do Turismo Vinícius Lages,
parte da cota do senador
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou em nota divulgada, na tarde de ontem, que não usará o cargo "para agredir autoridades de outros Poderes" e ressalta que o "País precisa, neste momento histórico, de políticos à altura dos desafios que hão de ser enfrentados".

O posicionamento de Temer, que também é presidente nacional do PMDB, ocorreu menos de três horas depois de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticá-lo.

Referindo-se indiretamente a Temer, o senador afirmou ontem que o PMDB não pode ser coordenador de Recursos Humanos do governo Dilma. Desde o início deste mês, o vice-presidente acumula o cargo de articulador do Palácio do Planalto tendo como uma das missões negociar os cargos do segundo e terceiro escalões.

"Não usarei meu cargo para agredir autoridades de outros Poderes. Respeito institucional é a essência da atividade política, assim como a ética, a moral e a lisura. Não estimularei um debate que só pode desarmonizar as instituições e os setores sociais", rebateu Temer em nota.

Ele ressaltou ainda que o País precisa de políticos à altura para enfrentar os problemas postos na área econômica. "Trabalho hoje com o objetivo de construir a estabilidade política e a harmonia ensejadoras da retomada do crescimento econômico em benefício do povo brasileiro. Se outros querem sair desta trilha, aviso que dela não sairei", concluiu o vice-presidente.



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