Documentos indicam atuação de José Dirceu na Petrobras

A Polícia Federal arrecadou documentos, anotações e outros elementos que podem colocar em xeque a defesa do ex-ministro José Dirceu de que as consultorias que realizou por meio de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, não tinham relação com contratos da Petrobras.

São anotações, documentos e correspondências que envolvem interesses de empresas privadas, multinacionais e nacionais, integrantes do cartel alvo da Operação Lava Jato, na estatal petrolífera, com menções a contratos do setor naval (obras off-shore), como de navios-sonda, e unidades de refino (obras on-shore).

Dirceu – preso em Curitiba desde o dia 3 de agosto, alvo da Operação Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato – sempre negou publicamente ter feito consultorias em contratos da Petrobras. A JD Assessoria e Consultoria recebeu R$ 29 milhões entre 2006 e 2013. A Lava Jato suspeita que boa parte seja dinheiro tenha origem em propinas.

Os documentos apreendidos na residência do irmão do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Oliveira e Silva, nas buscas e apreensão da Polícia Federal feitas dia 3, são relacionados à suposta atuação na área de navios-sonda, na Sete Brasil – empresa criada pela Petrobras em 2011 -, na Transpetro, subsidiária da estatal, para o setor de transporte e logística, e em obras como a da Repar (Refinaria Getúlio Vargas), no Paraná e do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj).

A Polícia Federal vai indiciar o ex-ministro até o início da próxima semana e a previsão é que a Justiça Federal receba a denúncia criminal do Ministério Público Federal contra o ex-ministro nos primeiros 10 dias de setembro.

Estadão


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