Gerente de agência integrava quadrilha de roubo a bancos

Uma quadrilha especializada em assaltos a bancos foi desarticulada em operação da Polícia Civil do Ceará que começou na última quinta-feira (6). Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (10), investigadores da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) detalharam as ações do grupo, que usava um drone - espécie de veículo aéreo não tripulado - para monitorar através de fotos e vídeos as agências bancárias e familiares de funcionários do bancos, principais alvos da organização criminosa.

Segundo a Polícia Civil, entre os presos, está um homem de 34 anos, que era funcionário e ex-gerente de uma agência bancária de São Gonçalo de Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele simulava negociações com os comparsas e foi capturado na última sexta-feira (6) após suspeita de integrar um grupo criminoso que levava uma vida luxuosa na cidade. No flagrante, a polícia encontrou com ele um aparelho utilizado para capturar dados de cartões dos clientes, conhecido como "chupa cabra".

Os outros presos têm 28, 29 e 32 anos e já respondiam por crimes como homicídio, roubo, associação criminosa, receptação, porte e posse ilegal de arma de fogo. Com a quadrilha, foram apreendidos um drone, um fuzil AK 47 e uma pistola calibre 40. Os quatro homens foram capturados em Caucaia e Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Como a quadrilha agia
Ainda de acordo com a Polícia Civil,  um dos alvos da quadrilha eram os funcionários que podiam abrir os cofres das agências. A vítima tinha a vida investigada pelo bando através de fotos capturadas pelo drone, que registrava imagens da família e do cotidiano dela.

Depois, a quadrilha dizia ao bancário que havia sequestrado os familiares dele e o levava até a agência para abrir o cofre. Após levar o dinheiro, libertavam alguns parentes que eram mantidos em cárcere privado. Em alguns casos, como nos assaltos a uma agência de São Gonçalo do Amarante, o sequestro era "simulado" com a negociação feita com o próprio gerente da agência, que era cúmplice da ação.

Na coletiva, o titular da DRF, o delegado Raphael Vilarinho, explicou também que o grupo deixava mensagens para intimidar a polícia após os crimes, o que ajudou na investigação. Com a prisão, o delegado afirma que a polícia conseguiu evitar o ataque a mais uma agência que estava na mira dos assaltantes.



Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem