Bancários rejeitam proposta de 7,5% de aumento e negociações seguem

O Sindicato dos Bancários negou a proposta de reajuste salarial de 7,5% feita nesta terça-feira (20), pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O aumento representaria uma perda de 2,17%, quando descontada a inflação. O Sindicato dos Bancários do Ceará, que realizou assembleia na tarde de ontem, não teve acesso à proposta, mas deliberou por acompanhar a decisão do comando nacional da greve. Por isso, continua a paralisação nas agências, que já chega a 70%.

Os representantes das instituições financeiras mantiveram ainda a decisão de não oferecer o abono salarial aos seus funcionários, como já haviam feito na primeira proposta, em setembro. Os sindicalistas destacam que o lucro dos bancos foi de R$ 42 bilhões no primeiro semestre do ano e que, mesmo assim, a proposta feita imporia perda salarial para os trabalhadores. A negociação será retomada nesta quarta-feira (21).

Entre as reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais aumento real de 5,6%). Na primeira proposta, apresentada em setembro, os bancos ofereceram reajuste total de 5,5%. A negativa levou os bancários a entrar em greve no dia 6 de outubro.
Para Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, a oferta feita é um "desrespeito". "Queremos discutir um reajuste digno do esforço dos bancários e correlato aos ganhos reais dos bancos. Não podemos aceitar perda salarial", disse, por meio de nota.

Os trabalhadores também querem vale-refeição e vale-alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 788), manutenção do emprego e melhores condições de trabalho, com o fim das metas, consideradas abusivas.


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