O deputado estadual, Agenor Neto (PMDB), reagiu às acusações de que estaria faltando com a verdade em relação ao sistema de pactuação dos recursos que mantém o funcionamento do Hospital Regional de Iguatu. Em uma entrevista na tarde deste sábado (16/10), em uma emissora de rádio da cidade de Acopiara, o parlamentar esclareceu o assunto, e disse que sua verdade está fundamentada em números que, inclusive, foram admitidos pelo próprio Governo do Estado. "O que é verdade, e isso já foi debatido em reuniões com o próprio secretário da Saúde do Estado, é que a Prefeitura de Iguatu está bancando sozinha, com recursos próprios, o custeio do Hospital de Iguatu. Os outros nove municípios não investem um centavo de recursos próprios no convênio", disse.
O problema de custeio do Hospital Regional de Iguatu vem sendo debatido há vários meses, e já foi tema de vários pronunciamentos do deputado Agenor Neto na Assembleia Legislativa do Ceará. Na semana passada, durante entrevista em uma emissora de rádio de Iguatu, o prefeito de Acopiara, Vilmar Félix, levou o assunto para a pauta, e chegou a insinuar que o parlamentar estaria faltando com a verdade sobre a origem dos recursos que financiam o funcionamento daquela unidade de saúde.
"A ação do prefeito de Acopiara, em vir a Iguatu, ocupar uma emissora de rádio, para tentar me desmentir, não creio que tenha sido uma boa ideia, até porque tudo que estamos levando ao conhecimento do povo está fundamentado em números, e amplamente comprovado. Então, diante disso, resolvi esclarecer esse assunto de uma vez por todas”, disse.
De acordo com o parlamentar, enquanto uma grande parte do povo cearense sofre com as péssimas condições no sistema de atendimento da saúde do Estado, a maioria dos deputados e prefeitos preferem ficar calados porque temem represálias do grupo político que governa o Estado. “Como deputado, estou cumprindo a minha obrigação, que é cobrar do governo mais investimentos para a região Centro Sul, mas é importante que os outros deputados e prefeitos também façam a sua parte, porque até agora o que eu percebo é muita omissão”, lamentou.
Durante a entrevista, o peemedebista criticou a proposta do Governo do Estado que visa a contratação de empréstimo de US$ 123 milhões (cerca de R$ 463 milhões) destinado para construção de novas unidades hospitalares no Estado. “Como construir novos hospitais quando não damos contas nem do custeio dos que já existem? O hospital de Quixeramobim foi inaugurado no ano passado e está fechado porque o Estado não tem dinheiro para custeá-lo", pontuou.