Professores encerram a greve mais longa das universidades federais


Professores e funcionários decidiram encerrar a mais longa greve já registrada nas universidades federais, que durou 139 dias. A decisão pela saída unificada da greve foi tomada após assembleias das categorias na última semana. A estimativa do movimento é que 39 universidades ainda estejam em greve.

Segundo informações do Andes-SN, sindicato que representa os professores, a previsão é que as atividades sejam retomadas até sexta-feira. Algumas universidades, porém, já voltaram às aulas a partir de ontem. Apesar do fim da paralisação, ainda não há acordo entre os docentes e o MEC (Ministério da Educação). O grupo pretende continuar as negociações nos próximos dias.

“No nosso entendimento, a greve foi necessária porque estávamos em um contexto de corte no Orçamento com o governo sem apresentar nenhuma proposta aos servidores. Houve ao longo da greve avanços. O governo recuou, por exemplo no reajuste definido para quatro anos e propôs agora em dois”, explicou o presidente do Andes, Paulo Rizzo.

Entre as reivindicações dos docentes, estão reestruturação da carreira e reajuste salarial de 27,3%. O objetivo é repor perdas com a inflação desde 2010, segundo o secretário do Andes Jacob Paiva. Ele rebate o argumento de que o reajuste seja inviável diante da crise financeira. “A crise está atrelada a opções políticas. Não concordamos que mais uma vez quem vai pagar a crise são os servidores públicos federais”, diz.

Questionado, o MEC afirma que novas reuniões devem ser agendadas com os sindicatos que representam docentes e servidores. Ainda não há datas definidas para os encontros.


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