MPF-CE investiga pagamento de vantagem indevida envolvendo Guimarães, Engevix e BNB

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) instaurou, nesta terça-feira (15), uma investigação para apurar o suposto pagamento de vantagem indevida para beneficiar a empresa Engevix na obtenção de empréstimo junto ao Banco do Nordeste (BNB). Segundo o órgão, a prática pode configurar ato de improbidade administrativa praticado pelo ex-presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, e pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE), que estariam envolvidos no esquema.

A ação, instaurada pelo MPF-CE, será investigada pelo procurador da República Alexandre Meireles e foi motivada pela reportagem publicada na revista Época, na última sexta (11). A matéria revela que Guimarães teria intermediado um esquema para beneficiar a empresa Engevix na obtenção do empréstimo do BNB. O caso teria sido narrado por meio de acordo de colaboração premiada de um operador do Partido dos Trabalhadores (PT) homologado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Procurado pela reportagem, a assessoria de imprensa do deputado José Guimarães reforça a nota divulgada na semana passada e reafirma que o parlamentar não tem relação com o caso. No comunicado, o petista diz que não teve esse tipo de atuação em nenhuma instituição e tem a consciência tranquila de que não obteve vantagens de recurso público. 

Já o ex-presidente do BNB, Roberto Smith, disse que foi citado pela revista Época apenas como presidente do banco e que a instituição se manifesta afirmando que a operação foi totalmente legal. Smith revela que está tranquilo em relação a essa operação e que o MPF-CE está no direito dele de investigar. 

“O MPF vai investigar, estão no direito dele, eu preciso só aguardar. As operações do banco são feitas em vários estágios, com vários analistas e, conforme o nível do valor, é aprovada por um colegiado. […] Em relação a essa operação, eu estou tranquilo”, disse o ex-presidente. 



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