Camilo chama a greve dos professores de politicagem

Contabilizando mais de 100 dias de duração, a greve dos professores estaduais no Ceará foi alvo de críticas, neste sábado (6), pelo governador Camilo Santana, em Fortaleza. Questionado sobre o retorno das aulas durante a abertura do Seminário dos Conselhos Comunitários de Defesa Social, Camilo afirmou que, caso os docentes da rede de ensino do Estado não retomem as atividades, irá acionar a Justiça para intervir. 

O governador declarou, ainda, que parte da categoria estaria transformando a paralisação em "politicagem". 
Segundo ele, em 2015, a categoria recebeu 13% de aumento salarial. Neste ano, a reivindicação é de 12% de reajuste. Segundo Camilo, dentre as propostas já apresentadas pelo Governo do Estado, estão a implantação da lei que reformula o sistema de promoção dos docentes, reajuste de 4% e aumento de 5% na regência dos professores. A oferta, contudo, foi recusada. 

"Já oferecemos 9% de aumento e eles não aceitaram porque estão transformando essa greve em uma politicagem por conta das eleições e eu não vou aceitar isso. Não vou permitir que isso prejudique o ano letivo dos alunos do Ceará por essa intransigência de um grupo, uma minoria, que vai lá para a Assembleia, porque o próprio sindicato é contra a greve", alegou Camilo. "Se eles não voltarem, vou ter que ir à Justiça. Não posso ficar pagando salário das pessoas sem trabalhar", completou. 

Conforme o gestor, diante do cenário econômico de crise no País, o Governo não tem condições de conceder o reajuste exigido pela categoria. "Vocês estão acompanhando a situação do Brasil. É realidade do país. Não posso dar um aumento desse tamanho para todos os servidores. Não posso ser irresponsável", destacou. 



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