Mortalidade materna cai 35% no Ceará


As taxas de mortalidade materna vêm caindo no Ceará. Em 2013, o registro do Estado era de 82,5 óbitos de mães para cada 100 mil nascidos vivos; no ano passado, o índice fechou em 53,7 - queda de 35%. Na Capital, a redução também foi acentuada: em 2012, a taxa era de 73 óbitos por 100 mil nascimentos; neste ano, ela se encontra em 38 óbitos, uma redução de quase 48%.

Os dados foram levantados pelas Secretarias de Saúde do Governo (Sesa) e da Prefeitura de Fortaleza (SMS). "A Organização Mundial da Saúde preconiza uma taxa em torno de 20 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. Um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio era fechar 2015 em 35, mas o Brasil ficou em cerca de 62. A taxa no Ceará está inferior à do País", destaca Silvana Napoleão, supervisora do Núcleo de Saúde da Mulher.

Distribuição

De janeiro a novembro de 2016, de acordo com a última atualização semanal das Doenças de Notificação Compulsória da Sesa, foram contabilizados 70 óbitos maternos no Estado. Oito deles ocorreram em Fortaleza, seis em Juazeiro do Norte e quatro em Irauçuba. Caucaia, Russas e Sobral notificaram três mortes maternas cada. No ano passado, o Estado do Ceará registrou 105 mortes maternas.

Conforme o Ministério da Saúde, esse tipo de morte ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o parto, motivada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez. Apesar de analisadas pelos órgãos de saúde, mortes causadas por acidentes ou atos violentos, ou que ocorreram após um ano do parto, não entram na contagem das taxas de morte materna.

A maior parte delas se concentra em Fortaleza e Região Metropolitana, seguidas pela macrorregião Norte e o Cariri. "A Sesa está desenvolvendo ações de apoio às gestantes desde o pré-natal porque as principais causas dessas mortes são a hipertensão e a hemorragia", afirma.

Em 2015, 19 mortes maternas decorreram da Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) e, outras cinco, por síndromes hemorrágicas.

Apesar de comemorar a redução na Capital, a coordenadora da Célula de Atenção à Saúde da Mulher de Fortaleza, Léa Dias, afirma que os desafios ainda são muitos. "Fortaleza atende, em média, 45 mil partos todos os anos, e algo em torno de 12 mil são de outros municípios. Algumas gestantes que lotam as maternidades não necessariamente têm gestações de alto risco". O ideal, para ela, seria a procura por unidades de saúde do município de residência.

(Diário do Nordeste)


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