Economia do CE deve crescer 1% neste ano, aponta Fiec

O Ceará deverá apresentar crescimento de aproximadamente 1% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2017. A alta deve ser puxada pelo setor de energias renováveis e das exportações agroindustriais, como aponta as informações do Panorama Industrial, produzido pelo Núcleo de Economia e Estratégia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec).

Para atingir o resultado é importante que se concretize os prognósticos de chuva acima da média no Estado, reduzindo os efeitos econômicos e sociais gerados pelos cinco anos consecutivos de seca.
O PIB do Ceará apresentou retração de 4,0% em 2016, influenciado pelo desempenho do setor de serviços (-3,9%), da Indústria da Transformação (-7%) e da Construção (-16,4%).

Em 2016, a geração de empregos formais no Estado apresentou uma queda (-2,5%), com perda de 30.431 vagas. O número de vínculos formais no Brasil também se reduziu (-1,9%), com 751.816 empregos a menos. Os setores da Construção civil e da Indústria da Transformação foram os maiores responsáveis pela redução dos empregos formais em 2016, tanto no Ceará quanto no Brasil.

Ajustes

Para o País, as perspectivas indicam que 2017 será um ano de ajustes, com taxa de crescimento próxima a 0,5%, e isso ocorrerá por causa da significativa herança ruim dos últimos anos, o "efeito carregamento", como intitulam os economistas.

A retomada, portanto, será lenta devido à gravidade da crise e, por causa disso, o mercado de trabalho permanecerá instável, com a taxa de desemprego acima de 12%.

Cenário

O cenário econômico brasileiro em 2016 ficou caracterizado pelos recordes de desemprego (12,1 milhões de pessoas) e de déficit nas contas públicas (R$ 170,5 bilhões), além da estagnação dos investimentos e de uma crise fiscal de estados e municípios. O PIB do Brasil apresentou queda (-3,4%) no ano passado, com o setor industrial tendo a segunda maior redução entre os grandes setores.

Apesar da superação da crise ainda não ser uma realidade, um importante resultado positivo tem sido o controle da inflação (o IPCA deverá ficar abaixo de 6,5%, teto da meta para 2016, e próximo ao centro da meta em 2017), o qual permite, a redução mais acelerada dos juros no País, medida essencial para acelerar a recuperação econômica.



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