O primeiro hospital público terciário construído no interior do Estado, o Hospital Regional do Cariri, vive momentos de dificuldades por conta dos cortes de recursos no seu orçamento. Prestes a completar 6 anos, desde que foi inaugurado, a unidade de saúde atende a uma população de 45 municípios, realizando atendimento clínico e cirúrgico em várias modalidades.
Até o início de abril de 2011, na rede pública do Estado, só havia unidade de atendimento para AVC em Fortaleza, no Hospital Geral. "Era distante demais, cerca de 6 horas via ambulância, e para o Cariri, o tempo máximo é de 4 horas e meia, e se os pacientes estiverem com os primeiros sintomas, em qualquer município, eles enviam diretamente pra cá", informou o coordenador da emergência do Hospital, Damito Robson Xavier. Ele destaca que os municípios tem enviado todo tipo de demanda e por conta disso a unidade está com seu atendimento comprometido. "Demandas que muitas vezes poderiam ser resolvidas em posto de saúde ou nas UPA’s, os prefeitos enviam para cá. Dessa forma, o recurso não comporta. Era inevitável que isso um dia acontecesse”, destaca.
De acordo com o diretor de Gestão e Atendimento do Hospital, Bergson de Brito, a unidade de caráter terciária, com 294 leitos, tem sofrido desvio de função. Ele destaca que boa parte dos atendimentos eletivos ficaram sacrificados porque os leitos recentes estão sendo utilizados pela emergência do hospital. Ele lembra que a perspectiva para 2017 é muito ruim em termos financeiros porque o Brasil inteiro está sofrendo com os cortes econômicos do Governo, e, com o Estado, não é diferente.
"Temos uma estimativa de que seja reduzido o nosso orçamento entre 10 e 15% e já estamos preocupados em saber como vamos proceder. A gente vive com o temor de que algo seja cortado no orçamento deste ano e estamos direcionando os nossos esforços para aquele paciente em condições críticas de saúde, ou mais urgente", explicou.
Redação: Luiz Vasconcelos
Com informações do Diário Cariri
Foto: André Costa
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