Prefeitos do Consórcio Regional questionam Prefeitura de Iguatu por uso da Policlínica para realização de mutirão de saúde


Prefeitos de nove cidades que compõe o Consórcio Público de Saúde da Microrregião de Iguatu, que administra a Policlínica e o CEO, se reuniram na última terça-feira (31) em assembleia para dar posse ao novo presidente eleito, o prefeito de Iguatu Ednaldo Lavor, e também para realizarem uma prestação de contas de seus respectivos municípios.

Durante o encontro os gestores solicitaram informações dos representantes de Iguatu, que no último final de semana se utilizaram da estrutura da Policlínica Regional para realizar um mutirão de saúde no município. O prefeito de Jucás, Raimundo Luna disse que até concordava com a ideia do mutirão, mas questionou a ação, que segundo ele, foi feita de maneira individual, sem que tivesse sido discutida com os demais representantes do consórcio, no caso, os prefeitos municipais. “O consórcio já está dizendo, tem acionista. Então nenhuma ação pode ser tomada sem haja aprovação na assembleia. E o que se viu aqui foi aquela história de passar o carro a frente dos bois. Quer dizer, mesmo antes do presidente se empossado, tomou-se uma medida que não foi correta”, disse. “Não vamos aceitar que haja gerência externa dentro do consórcio”, pontuou.

O prefeito de Mombaça, Ecildo Filho,disse que a Policlínica de Iguatu presta um trabalho muito importante para a região, mas fez questão de reforçar as palavras do prefeito de Jucás, argumentando que não houve diálogo para a realização desses serviços, que até então não constavam nas diretrizes do Consórcio Público.“Somos favoráveis ao mutirão sim, mas entendo que essa ação deveria ter sido discutida em assembleia para que todos os consorciados pudessem aprovar,e também para que os gestores pudessem avaliar a possibilidade de ofertarem esses serviços as suas populações”, observou.

Conforme foi apresentado na reunião, a Prefeitura de Iguatu vai pagar para os profissionais do Consórcio pelos serviços extras prestados durante o mutirão de saúde. Apesar disso, o prefeito de Irapuan Pinheiro, Claudenilton Pinheiro também não concordou com a atitude individualizada tomada pela Prefeitura de Iguatu. “É inadmissível que medidas dessa natureza possam ter sido tomadas sem que houvesse sequer uma reunião entre os consorciados para debater sobre o assunto. Na verdade, o município diz que vai pagar os profissionais, no entanto os equipamentos da Policlínica e do CEO são do consórcio”, explicou. 

Para o prefeito de Piquet Carneiro, Bismarck Bezerra,o que tem que ser discutido a partir de agora é a igualdade de direitos. “Embora tenha sido feito esse mutirão de saúde e não tenha sido discutido entre o consórcio, mas ficou claro no sentimento de cada prefeito que a ação que for desenvolvida entre o consórcio terá que ser pactuada entre os municípios”, disse. Ele informou que no dia 13 de fevereiro haverá outra reunião para que cada cidade possa estar de posse de seus custos, e conforme suas condições financeiras, ofertar esse tipo de serviço para a população. “O que nós discutimos aqui hoje foi que os municipalistas possam ter os mesmos direitos, até porque as dificuldades que tem no Iguatu hoje, tem em Piquet Carneiro, tem em Jucás, então que seja discutido em assembleia e seja colocado em prática”, destacou.

O prefeito de Iguatu, Ednaldo Lavor, justificou o uso do equipamento pela sua administração, destacando que a Policlínica não foi usada para tomar a cota de nenhum município, apenas foi ofertado um serviço, que inclusive será pago pela Prefeitura de Iguatu. "Eu entendo que qualquer município pode realizar esse tipo de procedimento, desde que não atrapalhe o andamento dos serviços dos outros consorciados", disse.

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