Sem dar detalhes, Pyongyang instruiu, ontem, cerca de 200 jornalistas estrangeiros sobre o plano de anunciar um "grande e importante evento" nesta quinta-feira. Os correspondentes estão no País para as comemorações do 105º aniversário de nascimento do ex-presidente e fundador do regime, Kim Il Sung, em 15 de abril, maior data nacional, chamada de "Dia do Sol".
Em anos anteriores, a Coreia do Norte usou esse feriado para exibir seu poderio militar, disparando mísseis balísticos.
Atualmente, os EUA e a Coreia do Norte estão em clima tenso, com o presidente Donald Trump elevando o tom sobre as ameaças nucleares.
Ontem, um jornal russo, o "Pravda Report", chegou a noticiar que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, teria ordenado a evacuação imediata de 25% da população de Pyongyang. Isso representaria cerca de 600 mil moradores avisados para deixar suas residências.
A movimentação militar, tanto dos EUA como da China, na fronteira da Coreia do Norte, também aumentou o clima de tensão na península.
O deslocamento do porta-aviões "USS Carl Vinson" e seu grupo de ataque coincide com a intenção de Washington de promover sua capacidade defensiva na região frente às ambições nucleares norte-coreanas.
Os ataques dos EUA na Síria, na semana passada, motivaram especulações de que Trump poderia também ordenar alguma ação militar no país asiático.
Caso Pyongyang realize seu sexto teste de lançamento nuclear no feriado do sábado, isso representaria uma provocação à Casa Branca, que poderia responder militarmente.
Kim Jong-un já avisou que, caso Washington promova alguma ação no território norte-coreano, seu exército estaria preparado para responder a qualquer agressão. O envio de navios de guerra dos EUA à região acirrou ainda mais os ânimos.
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