Ex-ministro reconhece que tinha US$ 600 mil em conta não declarada na Suíça, mas nega propina

Ex-ministro Guido Mantega é suspeito de receber propina de empresas investigadas na Lava Jato (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
A defesa do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega entregou à Justiça nesta segunda-feira (29) um documento em que reconhece a existência de uma conta não declarada na Suíça, com saldo de US$ 600 mil. De acordo com a petição, o dinheiro foi obtido com a venda de um imóvel que pertencia à família e não ao suposto recebimento de propina.

No documento, o ex-ministro disse que a conta foi aberta antes de assumir o cargo na Fazenda. Ele também abriu mão do sigilo fiscal e repassou às autoridades os dados da conta bancária na Suíça. Ainda de acordo com o advogado, Mantega não espera ser perdoado pelo erro fiscal, ao não declarar a conta fora do Brasil.

"Aproveita, outrossim, para esclarecer que não espera perdão nem clemência pelo erro que cometeu ao não declarar valores no exterior, mas reitera que jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de qualquer natureza como contrapartida ao exercício da função pública, conforme poderá inclusive confirmar o extrato da conta, documento que o peticionário se compromete a apresentar tão logo o obtenha da instituição financeira", diz o advogado.

Alvo da Lava Jato
O ex-ministro da Fazenda foi alvo da 34ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em 22 setembro de 2016 e batizada de Arquivo X. Ele é suspeito de ter solicitado pagamentos a campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT), em 2012. O inquérito ainda está correndo na Polícia Federal e não há um processo aberto contra ele.

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