Lula pediu ajuda para o MST, diz dono da JBS


O empresário e um dos donos da J&F, holding da JBS, Joesley Batista,disse ao deputado Rocha Loures (PMDB-PR) que recebeu uma ligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que atendesse ao líder do Movimento dos Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile.


“Ele me ligou esses dias, pediu pra mim [sic] atender os sem-terra. Eu digo: ‘ô, presidente’ (risos)… ‘Joesley, eu to aqui com o Stédile, não sei o que ele precisa falar com você’… Tá bom, presidente, manda ele vir aqui. Eu atendo ele, tá bom?”, relatou o empresário ao deputado.

Na conversa, Joesley não disse se afinal encontrou-se com o líder do MST.

A conversa com Rocha Loures foi gravada pelo próprio dono da JBS no último dia 13 de março, já no curso da delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O áudio do diálogo com o deputado tem uma hora e 14 minutos e está nos autos da Operação Patmos, que tem como principais alvos o presidente Michel Temer (PMDB), o senador afastado Aécio Neves (PSDB) e o próprio Loures.

Aos procuradores da Lava Jato, Joesley disse em depoimento que abriu uma “conta-corrente” de US$ 80 milhões no exterior para atender ao ex-presidente Lula. Ao deputado Loures, ele diz na gravação que não tem amizade com o petista.

“Sobre o Lula, eu acho assim, primeiro, que eu não tenho amizade com ele igual o povo acha que eu tenho. Eu conheci o Lula tem dois anos atrás, fim de 2013”, contou Joesley.

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