Temer decide revogar decreto sobre uso de Forças Armadas no DF

O presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) - 14/07/2017
O presidente Michel Temer (PMDB) reuniu-se na manhã desta quinta-feira com cinco ministros e decidiu revogar o decreto que convocou as Forças Armadas para garantir a ordem na Esplanada dos Ministérios – depois que a manifestação contra o governo e as reformas trabalhista e da Previdência ganhou cenas de violência, quebradeira e enfrentamento entre manifestantes e policiais.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), escalado na quarta por Temer para anunciar a convocação dos militares, estava na reunião. Além dele e do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o encontro contou com a presença dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) .

Em pronunciamento após a revogação da medida, Jungmann afirmou que o governo vai se movimentar judicialmente para punir os envolvidos nos conflitos entre policiais e manifestantes. “Evidentemente, o senhor presidente decidiu acionar a Advocacia-Geral da União para que sejam feitas perícias em toda a Esplanada para que seja levado à Justiça e que os responsáveis venham a pagar pelos danos cometidos e responder penal e criminalmente por esses atos inaceitáveis no regime democrático”, declarou.

Na edição extra do Diário Oficial da União publicada exclusivamente para a revogação do decreto, Temer justifica a decisão de suspender o policiamento dos militares alegando que houve “a cessação dos atos de depredação e violência e o consequente restabelecimento da Lei e da Ordem no Distrito Federal”. No pronunciamento, o ministro leu uma fala do presidente, em que Michel Temer alega que “não há democracia sem ordem”.


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