Militares bloqueiam protesto contra Maduro na Venezuela


Militares bloquearam neste sábado (22) com bombas de gás lacrimogêneo um protesto que se dirigia ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), em Caracas. O grupo apoia os 33 juízes "paralelos" nomeados pelo Legislativo do país.

A oposição também protesta contra o presidente Nicolás Maduro e a sua convocação a uma nova Assembleia Constituinte.

O Legislativo nomeou na sexta-feira um TSJ paralelo alegando que os juízes da corte suprema foram designados ilegalmente pela anterior maioria chavista no Parlamento e que servem ao governo socialista.

"Apoiamos os novos magistrados porque devolverão a independência ao TSJ, que agora só cumpre as ordens de Maduro", disse à AFP Luis Torrealba, manifestante de 43 anos, acompanhado por sua esposa e seu filho adolescente.

Entretanto, a Sala Constitucional do tribunal advertiu na sexta-feira que a juramentação destes juízes configura os crimes de "usurpação de funções" e "traição à pátria", ambos punidos com prisão.

A corte também destacou que o Parlamento continua em desacato e, por isso, considera nulas todas as suas decisões.
Quando tomou a avenida Francisco Fajardo com a intenção de se dirigir ao centro da capital, a mobilização de centenas de opositores foi dispersada por militares da Guarda Nacional que dispararam bombas de gás lacrimogêneo de motocicletas.

"A Assembleia Nacional cumpriu [...]. Agora todos vamos apoiar com força nas ruas o novo TSJ", tuitou Freddy Guevara, vice-presidente do Congresso, um chamado a participar das marchas convocadas pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) em Caracas e outras cidades do país.

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