Valcides Pereira, 58, natural de Santa Catarina, morreu aguardando um órgão novo. |
Após esperar 47 dias por um transplante de coração no Hospital de Messejana, o paciente Valcides Pereira, 58, natural de Santa Catarina, morreu aguardando um órgão novo. O problema não foi a falta de doadores, mas sim a ausência de material hospitalar, que ocasionou o atraso no procedimento cirúrgico. No Hospital, ele passou por hemodiálise, pegou infecção e, por fim, teve uma parada cardíaca que ocasionou o óbito na última quinta-feira (7).
Conforme a família, os laudos médicos estão sendo reunidos para o ingresso de um processo na Justiça. O corpo de Valcides foi cremado nesta terça-feira (12).
Segundo a esposa do paciente, a comerciante Maria das Dores, ele descobriu que tinha uma doença rara em março deste ano, a amiloidose cardíaca. "A gente soube que em São Paulo tinha um médico com a doença dele. Fomos até ele. O médico chegou a viajar para Boston. Lá, indicaram a fazer o transplante de coração em Fortaleza. Nem passamos outro lugar, viemos direto para cá".
No dia 3 de setembro, a família chegou de Santa Catarina em Fortaleza. "Encaminhamos tudo para o transplante. Ele já estava muito cansado e debilitado. A médica internou ele no dia 20 de outubro. Em quatro dias no Hospital, apareceu dois doadores e a família não autorizou. Depois outros quatros apareceram com corações compatíveis. Certo dia, chegou a equipe e abriu o jogo dizendo que buscasse a secretária de saúde, pois o transplante ainda não tinha sido feito por falta de material hospitalar", revela Maria.
Tags
REGIONAL