Defesa de Lula pede absolvição em alegações finais no processo do sítio de Atibaia


A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta segunda-feira (7), as alegações finais no processo da Operação Lava Jato que apura se ele recebeu propina por meio da reforma de um sítio em Atibaia (SP). Os advogados pedem a absolvição por "insuficiência de provas" e "atipicidade das condutas" do processo.

Lula é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de: Reforma feita pela empreiteira OAS a pedido da família Lula, com recursos de propina; E o uso pela família, o que, segundo o MP, comprovou que o sitio, de fato, era de Lula.

No documento, com 1,6 mil páginas e 24 anexos, os advogados de Lula defendem que:

O ex-presidente "não é e jamais foi" proprietário do sítio.
O ex-juiz Sérgio Moro não tinha "a necessária imparcialidade" para julgar o caso e, portanto, o processo deveria ser remetido para outra Vara de Justiça.
Um "elo artificial" entre o sítio e as licitações da Petrobras "foi propositalmente construído para que o ex-presidente Lula ficasse sob a jurisdição do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro".
Moro atuou na Lava Jato "com o nítido desígnio de inviabilizá-lo politicamente" e, "após ter êxito em seu objetivo, foi premiado com o cargo de Ministro da Justiça".

A acusação do MPF é de que Lula ajudou empreiteiras ao manter nos cargos os ex-executivos da Petrobras Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre empreiteiras e a estatal, descobertos pela Lava Jato.

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