A Polícia Federal desarticulou um esquema de corrupção envolvendo médicos ortopedistas no Ceará. A operação, denominada Fratura Exposta, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (14), e contou com a participação de 80 agentes federais, que cumpriram dois mandados de prisão temporária contra empresários em Fortaleza e 26 mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens de 14 envolvidos.
Na investigação estão envolvidos profissionais do Instituto Dr. José Frota, Hospital Geral de Fortaleza e Hospital Walter Cantídio e pela Organização Social Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) contratada pelo estado do Ceará para o gerenciamento do Hospital Regional do Cariri. Segundo a denúncia, entre os anos de 2013 e 2016 os investigados teriam recebido R$ 1,8 milhão, segundo as investigações.
Os médicos eram responsáveis pela aquisição de produtos fornecidos por empresa importadora de material médico-cirúrgico em troca de comissões indevidas, onerando assim os pagamentos dos procedimentos cirúrgicos feitos pelo SUS.
A investigação começou em 2016 a partir de denúncia direcionada à Superintendência Regional da Polícia Federal no Ceará e abrange procedimentos cirúrgicos realizados entre os anos de 2013 e 2018.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa e corrupção ativa e passiva. As penas variam de 2 a 12 anos, de acordo com o nível de participação.
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