Com os atrasos recorrentes nos repasses do programa Minha Casa Minha Vida para as construtoras desde janeiro, cerca de 16 mil empregos no Ceará podem estar ameaçados caso a situação não seja regularizada nas próximas semanas.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará, André Montenegro, apenas a faixa I do programa gera aproximadamente quatro mil empregos diretos no Estado.
Segundo Montenegro, as construtoras não suportam mais atrasos e se, realmente, não houver mais sinalização dos pagamentos, as obras vão sofrer atrasos, podendo até comprometer o futuro das empresas. Ele alerta que o ritmo das obras já foi diminuído e que já começaram a fazer demissões. "Os fornecedores estão em atrasos e temos 16 mil empregos que podem ser perdidos por conta de atrasos. O prejuízo é incalculável", disse.
Ontem (20), o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Henrique Canuto, disse que o menor fluxo de recursos para o programa nos dois primeiros meses do ano se deu por conta de ajustes fiscais e maior austeridade do Governo Federal. Mas que, em março, foi antecipado um repasse de R$ 600 milhões para todo o Brasil.
"Para o Ceará, vai depender das demandas já aprovadas pelo banco e, a partir de abril, a situação já fica melhor", disse o ministro durante visita a Fortaleza para entrega de 1.248 unidades habitacionais do programa.
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