Governo pode rever mudanças no BPC para evitar rejeição da reforma da Previdência

Uma das versões debatidas prevê um benefício de R$ 600 por mês a cidadãos de baixa renda a partir dos 62 anos e de um salário mínimo a partir dos 68 anos.

A equipe econômica do governo Bolsonaro discute uma proposta alternativa para as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) destinado a deficientes e idosos em situação de miséria.

O objetivo da mudança é amenizar resistências entre deputados e senadores às mudanças incluídas no projeto de reforma da Previdência. 

Uma das versões debatidas pelo governo prevê um benefício de R$ 600 por mês a cidadãos de baixa renda a partir dos 62 anos e de um salário mínimo a partir dos 68 anos. A ideia representa uma flexibilização do plano original do Ministério da Economia. O projeto de reforma enviado ao Congresso prevê pagamentos de R$ 400 a idosos a partir dos 60 anos e de um salário mínimo só a partir dos 70 anos.

O endurecimento das regras do BPC foi um dos pontos mais atacados da reforma por deputados e senadores de diversos partidos. O principal receio da equipe econômica é que as regras mais duras sobre um benefício destinado a idosos miseráveis contaminem a reforma. 

Alterações no BPC são consideradas uma fonte preocupante de resistências, principalmente no Norte e no Nordeste — que têm 216 das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e 48 dos 81 assentos no Senado. As duas regiões concentram pouco mais de 40% dos idosos que recebem o benefício.


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