O estouro da crise mundial em setembro do ano passado atingiu em cheio a população mais rica do país, as classes A e B, com rendimento mensal acima de R$ 4,8 mil. Foi o que constatou o economista Marcelo Neri, coordenador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao concluir o estudo Crônica de uma Crise Anunciada: Choques Externos e a Nova Classe Média. Esse contigente de maior poder aquisitivo encolheu 0,65% entre setembro e dezembro, enquanto a chamada classe média emergente, a C, expandiu-se, no mesmo período, 1,24% e as camadas mais pobres, das classes D e E, continuaram diminuindo, favorecidas pelos programas sociais do governo e pelos reajustes do salário mínimo acima da inflação. “Pode-se dizer que, até o momento, a crise é dos ricos”, afirmou Neri.
Tags
NACIONAL