Pesquisa feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta crescimento de 27% no número de médicos em atividades no País. O aumento foi maior do que o registrado no período entre a população em geral: 12%. “Os números mostram que não há falta de profissionais no País. O que há é uma desigualdade na distribuição”, diz o primeiro secretário da entidade, Desiré Callegari.
Pelos cálculos do Conselho, a relação atual é de um médico para cada 578 habitantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a proporção ideal é de um para cada mil pessoas.
De acordo com Callegari, os números gerais são bons, mas há uma certa desproporção muito significativa, onde, por exemplo, na cidade de São Paulo para cada 239 habitantes, há um profissional disponível, enquanto no interior de Roraima, a situação é oposta: um médico para cada 10.306.
A pesquisa mostra ainda que a região Sudeste concentra 42% da população do País e 55% dos médicos. A média é de 439 habitantes por profissional. Na região Norte, por sua vez, a relação de médico por habitante é quase três vezes maior: um profissional para cada 1.130 moradores.