Ao analisar os confrontos da Copa do Mundo da África do Sul, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, se incomodou com a postura defensiva de algumas seleções. “Nos primeiros jogos da primeira fase na África do Sul, vimos equipes que não queriam perder, que buscavam o empate”, afirmou o dirigente. Por isso, ele agora estuda formas de “movimentar os jogos” – entre elas, acabar com a prorrogação.
“É um tema que eu colocarei em discussão nas próximas reuniões das comissões técnicas e de futebol. É preciso encontrar soluções para movimentar os jogos nesse tipo de torneio, para que as equipes joguem para vencer. Da mesma forma, queremos discutir a prorrogação”, confirmou Blatter, em entrevista publicada no site oficial da Fifa, nesta quinta-feira.
Na última edição do Mundial, quatro jogos da fase final foram para a prorrogação – dois deles só foram decididos nos pênaltis. Gana eliminou os Estados Unidos por 2 a 1 após ficar no 1 a 1 no tempo normal; Paraguai e Japão empataram sem gols até os sul-americanos fazerem 5 a 3 nas penalidades; o Uruguai eliminou Gana nas cobranças, após um emocionante duelo na prorrogação; e a Espanha conquistou o título batendo a Holanda no tempo extra.
“Com frequência, as equipes procuravam não tomar gols durante a prorrogação. Passar diretamente à disputa nos pênaltis e adotar de novo o gol de ouro são as opções. Vamos ver o que será decidido nessas comissões”, continuou o dirigente. Blatter ainda afirmou que, embora tenha aprovado o desempenho e o título da seleção espanhola, esperava ver com um campeão de outro continente na África do Sul.
“Nós esperávamos um novo campeão depois de algumas edições da Copa do Mundo. Esperávamos, de certo modo, que esse campeão viesse também de um novo continente. A Coreia do Sul chegou perto disso em 2002 pela Ásia. Desta vez, faltaram dois centímetros para que os ganeses chegassem à semifinal. Mesmo assim, acredito que o título espanhol seja merecido. Ao lado da Argentina, foi a seleção que, na minha opinião, exibiu o melhor futebol”, complementou.
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