Pesquisa questiona eficácia do exame de próstata

Fazer exames de rotina para detectar o câncer de próstata pode não ser tão eficiente ou necessário quanto se imaginava. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, que será publicado nesta quarta-feria (15). De acordo com os pesquisadores, exames de rotina em excesso podem até trazer danos à saúde.

Os cientistas acompanharam seis experimentos em que os homens passavam por duas situações: ou eles não faziam a prevenção ou, então, realizavam dois exames, o toque retal e o teste sanguíneo (que detecta o antígeno relacionado ao câncer).

Segundo Philipp Dahm, autor da pesquisa, os exames de rotina tiveram um efeito desprezível na taxa de mortalidade do câncer de próstata, e até mesmo na taxa de mortalidade total.

- O impacto [dos exames] é, no máximo, modesto.

Com isso, os especialistas que acompanham os exames rotineiros estão discutindo se vale a pena submeter homens saudáveis ao excesso de diagnóstico e de tratamento para encontrar os indivíduos que podem, de fato, desenvolver a doença

Testes causam dúvidas

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum em homens no mundo, atrás apenas do câncer de pele. A maior parte dos casos é detectada em homens na casa dos 60 anos.

Muitos países têm programas de exames de rotina para homens de meia idade, mas esta prática é controversa. Um dos problemas é que o exame para o chamado antígeno PSA, que está completando 20 anos, não consegue distinguir entre tumores de baixo risco e os agressivos, que normalmente são fatais.

Os níveis do antígeno também podem oscilar segundo fatores individuais e subir por causa de inflamações na próstata.

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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