Correios usam crise para fazer gastos sem licitação no Ceará

O esvaziamento dos Correios, que provocou uma crise na instituição, tem sido usado como justificativa pela estatal para contratações com dispensa de licitação que somam R$ 5,4 milhões.

Em quatro Estados - Acre, Ceará, Mato Grosso e Pará -, a direção nacional da estatal autorizou a contratação emergencial de empresas fornecedoras de mão de obra temporária e o aluguel de imóveis para a instalação de agências, sob o pretexto de evitar um apagão postal.

Essas contratações estão sendo feitas como parte de um plano emergencial que deveria ter sido extinto após a publicação de uma medida provisória que prorrogou os contratos das agências franqueadas dos Correios por mais sete meses.

Os contratos de quase 1.500 franquias venceriam em 10 de novembro e, para evitar o caos, os Correios elaboraram um plano de contingência que previa a contratação de pessoal de forma temporária e aluguel de imóveis e carros para a entrega de correspondências.

Mas este plano deveria ter sido abortado com a publicação da MP, em 14 de outubro. Os contratos sem licitação são feitos pelas diretorias regionais, ocupadas em sua maioria por indicados políticos, mas com autorização da direção nacional.

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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