Duas novas portarias publicadas pelo Ministério da Saúde às vésperas do Natal e  que passaram a valer nesta semana reduziram o valor de tratamentos de pacientes  do SUS com linfoma e leucemia mieloide crônica. As reduções vão de 9% a 22%. 
Hospitais apontam que o  valor a ser pago pelo governo é incompatível com os gastos no tratamento dos  pacientes. Um dos tratamentos afetados é o de linfoma difuso de grandes células  B, câncer linfático que acometeu a presidente Dilma Rousseff há quase dois anos. 
O valor pago pelo governo federal por procedimento quimioterápico caiu R$  6.804 para R$ 6.164. Segundo médicos e hospitais, a quantia agora só cobre um  dos remédios usados no tratamento, o rituximab, droga de última geração usada  por Dilma. Outras quatro substâncias (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina  e prednisona) que fazem parte do esquema quimioterápico não estariam cobertas. 
O que diz o Ministério
O Ministério da Saúde afirma que as reduções de valores previstas nas  portarias publicadas em dezembro apenas refletem a economia que o governo teve  ao adquirir medicamentos a preços menores, e que não há corte de verba para a  oncologia. 
"Pelo contrário, já no início do segundo semestre, houve um investimento de  quase R$ 500 milhões em radioterapia e quimioterapia", afirma Inez Gadelha,  diretora do departamento de atenção especializada do ministério. 
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