
Talvez esse também tenha sido mais um folclore no lastro de Mainha. Em
aluguel de morte, só sabe o valor quem paga e quem recebe. Assim foram as várias
histórias sobre ele. Ontem, o homem que caiu com uma bala na testa e outras
espalhadas era tido como o “último dos pistoleiros”. Lenda entre os que cobravam
para “fazer alguém”, morreu de olhos abertos, cabeça perfurada, num terreno
baldio perto do sítio onde morava.
CRONOLOGIA
OUTUBRO DE 1955
No dia 28 de outubro, nasce Idelfonso
Maia da Cunha, em Alto Santo, na região jaguaribana. Estudou no colégio
Salesiano de Limoeiro do Norte.
AGOSTO DE 1988
Após 11 anos de fugas, Mainha é preso em
Quiteranópolis, na Região dos Inhamuns. Admitiu ter executado “apenas” sete
pessoas, entre elas o então prefeito de Iracema, Expedito Leite, chacinado em
1977, na Capital.
AGOSTO DE 1996
Mainha sofre atentado no Instituto Penal
Paulo Sarasate. Segundo ele, havia complô para matá-lo. Já condenado a 30 anos
de prisão, o pistoleiro pegou 12 anos pela morte de Orismildo Rodrigues da
Silva, em Quixadá, e 18 pelo assassinato do despachante Iran Nunes.
ABRIL DE 1997
Mainha é condenado a 64 anos de prisão pela chacina de Alto Santo, ocorrida
em 16 de abril de 1983. A chacina ocorreu no quilômetro 248 da BR-116, próximo
ao posto de combustível Universal. Na ocasião, foram mortos o ex-prefeito de
Pereiro, João Terceiro de Sousa, a mulher dele, Raimunda Nilda Campos,o
motorista Francisco de Assis Aquino e o policial militar Joâo Leonor de
Araújo.
MAIO DE 1999
Em novo julgamento (o primeiro foi anulado),
Mainha é absolvido por falta de provas.
NOVEMBRO DE 2001
Depois de um ano e dois meses em regime
semiaberto, Mainha volta à prisão.
NOVEMBRO DE 2002
Mainha é condenado por dois
assassinatos no Rio Grande do Norte. Como havia voltado para o regime semiaberto
em setembro de 2002, foi recapturado em Caridade, em 106 km de Fortaleza. Acabou
transferido para Maranguape.
ONTEM
Mainha é assassinado a tiros, em Maranguape. Ele
cumpria sentença em regime semiaberto há pelo menos três anos.