“Quando se fala em corte do orçamento nacional atinge união, estados e municípios, por isso todos os servidores e serviços públicos do Brasil vão ficar precários”, afirma. Para atingir a meta de corte, o governo anunciou a suspensão de todos os concursos públicos e nomeações de candidatos aprovados, além do congelamento de reajuste salariais e contenção de gastos com materiais dos serviços públicos.
Para este ano, era previsto o preenchimento de quase 29 mil vagas de concursos públicos e previstos e já realizados. Seleções como a dos Correios, Polícia Federal e Senado, que já estavam autorizadas, também foram suspensas. Sebastião Soares afirma que existem setores como o de saúde e educação, que precisam de uma renovação imediata. “A suspensão dos concursos públicos vai barrar a reposição nas áreas de educação e saúde, que mais afetam a população. O quadro atual dessas áreas é deficiente”
REAJUSTE SALARIAL
Outra medida anunciada foi o congelamento dos reajustes de salários. Pelo menos trinta categorias do Executivo pedem reajuste para correção de tabelas e planos de reestruturação. O judiciário também pede reajuste de 55% para 100 mil servidores. As negociações acontecem desde o ano passado, mas o governo afirma que não existe orçamento para as reposições.
O Secretário da CSPB, Sebastião Soares, afirma que categorias como da saúde e do fisco já tinham reajustes aprovados para este ano e vão ser prejudicados pelo corte do orçamento enquanto deputados, senadores e membros do Executivo e Judiciário tiveram reajustes que chegam a 133%. “Isso é uma contradição, enquanto aumenta o salário deles, corta o reajuste dos servidores”.
O governo também vai contingenciar materiais, passagens e diárias dos servidores públicos. Sebastião Soares denuncia que a situação pode ficar insustentável em determinados setores públicos. “Existem postos do INSS onde funcionários levam materiais de trabalho por que o fornecimento é deficiente. Agora vão ter de pagar para trabalhar”, concluiu.
Tags
NACIONAL