Comerciantes denunciam golpe praticado por ex-gerente do Banco do Brasil da cidade de Barro

O ex-gerente do Banco do Brasil no município de Barro, Ricardo Lira, está sendo acusado da prática de estelionato por empresários de Juazeiro do Norte. Alguns estiveram registrando BOs (Boletins de Ocorrências) na 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil contra o funcionário do BB. A queixa é que o mesmo fazia empréstimos em nome dos verdadeiros titulares da conta em somas vultosas.

A reclamação de um dos comerciantes é até mais grave apontando que sequer chegou a abrir conta na agência do Banco do Brasil de Barro. Mesmo assim, empréstimos foram feitos em nome da empresa Francisco Ferreira dos Santos Bijuterias ou Rayana Jóias de sua propriedade. Francisco Ferreira dos Santos, de 54 anos, mais conhecido por "Tortinho", disse ter tomado conhecimento de algo envolvendo sua empresa e foi até o BB de Barro, onde nada encontrou e voltou tranqüilo.

Soube até que o gerente havia sido afastado no mês de novembro de 2010. Na última sexta-feira foi fazer uma custódia e o banco travou por conta de débitos o que nunca ocorreu em seus 40 anos de atividades no comércio e um pouco menos que isso na indústria. Em Juazeiro as informações são vagas apontando apenas a cobrança de R$ 292 mil atrasados de um empréstimo. O nome do empresário está cadastrado, inclusive, no Serasa (Sociedade Anônima de Centralização de Serviços Bancários).

Ele diz não saber como o gerente conseguiu abrir conta e fazer tal empréstimo em nome da sua empresa. No caso de outros colegas comerciantes, disse que o gerente vinha a Juazeiro e incentivava a abertura de contas prometendo créditos fáceis. Segundo Tortinho, há casos em que o titular da conta fazia empréstimo de R$ 10 mil e o gerente chegava a sobrepor até R$ 100 mil. Até tirava talões de cheques segundo foi constatado depois pelas que foram lesados a exemplo do também comerciante Álvaro Mota.

Ele também esteve na delegacia na tarde desta segunda-feira e, da mesma forma, quer a adoção de providências por se sentir igualmente lesado. Tortinho quer ver a assinatura de quem movimentou sua suposta conta, contratos de empréstimo, filmagens internas do banco e outras provas. A princípio, estima um golpe da ordem de R$ 1 milhão junto a lojistas de Juazeiro que estão constituindo advogados para requerer ações da polícia e da justiça no sentido de rever os prejuízos causados.

Fonte: Miséria


Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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