Produtores reclamam de indenizações da Transnordestina em Iguatu

Produtores rurais de Iguatu, cujas propriedades serão atingidas por causa da passagem das obras da Ferrovia  Transnordestina, contestam algumas distorções que o projeto poderá acarretar aos proprietários de terras, uma  vez que a ferrovia ao passar por dentro das propriedades, inviabilizará áreas produtivas, impedindo  principalmente a canalização de água entre as terras divididas pelo projeto.

As reclamações vieram à tona esta semana, logo após uma reunião entre os produtores rurais e os procuradores do  Governo Federal, que vieram homologar os acordos para que a ferrovia tenha permissão de cruzar as propriedades  e também viabilizar o encaminhamento do pagamento das indenizações, de acordo com cada processo.

Durante a reunião, realizada no auditório da Escola de Música Humberto Teixeira, vários questionamentos foram  levantados pelos donos das propriedades atingidas pelo projeto, no entanto não houve nenhum acordo em relação  às demandas reivindicadas, uma vez que o projeto original poderá causar enormes prejuízos futuros, pois  inviabiliza economicamente as propriedades, principalmente nos projetos de irrigação, pois na faixa de 80  metros que vai ocupar as terras não será permitido a passagem de canos para transporte de água ou qualquer  outro canal de escoamento de água.

Diante do impasse que foi gerado, alguns dos proprietários de terras se negaram a assinar o termo do acordo. Foi o caso do pecuarista Amauri Carneiro. Ele disse que os procuradores vieram para Iguatu para homologar o acordo, mas não trouxeram ninguém para orientá-los sobre as condições da assinatura. Segundo ele, não houve um cuidado por parte do governo na elaboração do projeto, no sentido de observar as características individuais de cada propriedade a ser indenizada, respeitando as áreas produtivas para evitar eventuais prejuízos financeiros no futuro.

Outro produtor que ficou bastante preocupado com a situação foi o vereador Aderilo Alcântara. Ele argumenta que em alguns aspectos os valores das indenizações não cobrem, na maioria dos casos, os investimentos e as benfeitorias realizadas nas propriedades, além do acesso de suas próprias terras que ficarão bastante limitados. Aderilo informa ainda que nesta semana estará levando o caso para discussão na Câmara Municipal, e vai também articular uma audiência pública entre os produtores prejudicados, os representantes do governo e o Ministério Público, para que se encontre uma solução que contemple ambas as partes.

Redação: Luiz Vasconcelos
(com informações do jornal A Praça)

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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