Brasília. O primeiro discurso político do senador Aécio Neves (PSDB-MG) da tribuna do Senado durou exatos 25 minutos, mas mobilizou o plenário por cerca de quatro horas. Aécio criticou o governo petista e disse que, "entre os interesses do País e a conveniência do partido, o PT escolheu o PT".
O tom das críticas e o reconhecimento dos avanços da era Lula provocaram apartes elogiosos em tom inédito. Líderes do PT também reconheceram de público virtudes do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Em meio à troca de elogios, quem ficou na berlinda foi o candidato derrotado a presidente, José Serra, que já estava em Brasília e compareceu ao Senado a convite de Aécio. Diante da firmeza do mineiro em defesa da herança tucana, foi Serra quem acabou cobrado pela defesa tardia do tucanato que escondera o ex-presidente FHC na campanha.
"Não vi esta contundência em grandes debates com o eleitor. Em 2002 e 2010 Serra não me pareceu muito convicto em defender o legado de FHC", cobrou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Aécio foi duro nas críticas ao "desarranjo fiscal que penalizará investimentos anunciados com pompa e circunstância e à farra da gastança descontrolada" especialmente em ano eleitoral, que faz "renascer a crônica e grave doença da inflação".
O tucano, em vez de focar nos 100 dias de governo Dilma Rousseff, preferiu tratar do conjunto da administração petista que inicia seu nono ano. Ele cobrou iniciativa do governo em favor das grandes reformas, como a tributária, e propôs desonerar as empresas de saneamento e as contas de luz. Também falou em recompor as transferências federais para Estados e Municípios e sugeriu a criação do Simples Trabalhista.
Apesar da repercussão do discurso, nem petistas nem Serra avaliaram ao final que a fala deu "rumo" à oposição. "Foi uma contribuição", avaliou Serra. "Foi uma tentativa de organizar a oposição, que ficou mais para um chá da tarde do que para definição de rumos", opinou a senadora Gleisi. Indagado se o discurso credencia Serra como pré-candidato a presidente, Aécio disse que "está muito cedo para se falar em 2014".
O tom das críticas e o reconhecimento dos avanços da era Lula provocaram apartes elogiosos em tom inédito. Líderes do PT também reconheceram de público virtudes do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Em meio à troca de elogios, quem ficou na berlinda foi o candidato derrotado a presidente, José Serra, que já estava em Brasília e compareceu ao Senado a convite de Aécio. Diante da firmeza do mineiro em defesa da herança tucana, foi Serra quem acabou cobrado pela defesa tardia do tucanato que escondera o ex-presidente FHC na campanha.
"Não vi esta contundência em grandes debates com o eleitor. Em 2002 e 2010 Serra não me pareceu muito convicto em defender o legado de FHC", cobrou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Aécio foi duro nas críticas ao "desarranjo fiscal que penalizará investimentos anunciados com pompa e circunstância e à farra da gastança descontrolada" especialmente em ano eleitoral, que faz "renascer a crônica e grave doença da inflação".
O tucano, em vez de focar nos 100 dias de governo Dilma Rousseff, preferiu tratar do conjunto da administração petista que inicia seu nono ano. Ele cobrou iniciativa do governo em favor das grandes reformas, como a tributária, e propôs desonerar as empresas de saneamento e as contas de luz. Também falou em recompor as transferências federais para Estados e Municípios e sugeriu a criação do Simples Trabalhista.
Apesar da repercussão do discurso, nem petistas nem Serra avaliaram ao final que a fala deu "rumo" à oposição. "Foi uma contribuição", avaliou Serra. "Foi uma tentativa de organizar a oposição, que ficou mais para um chá da tarde do que para definição de rumos", opinou a senadora Gleisi. Indagado se o discurso credencia Serra como pré-candidato a presidente, Aécio disse que "está muito cedo para se falar em 2014".
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