Damasco. Confrontos entre policiais e manifestantes deixaram, pelo menos, 22 mortos ontem na cidade de Deraa, no sul da Síria. Testemunhas acusaram forças do governo de abrir fogo contra manifestantes que protestavam contra o governo do presidente Bashar al-Assad, há 11 anos no poder.
A informação sobre as mortes foi divulgada por Ammar Qurabi, chefe da Organização Nacional da Síria pelos Direitos Humanos.
No entanto, o governo sírio informou por meio da televisão estatal que os mortos foram 19 agentes de segurança.
Deraa, localizada a 100 quilômetros ao sul de Damasco, é um dos principais focos de protestos contra o governo que começaram na Síria no meio de março, na esteira dos levantes no mundo árabe iniciados na Tunísia e no Egito.
Manifestantes também surgiram na cidade de Homs, no oeste do país, e disparos foram ouvidos em Harasta, subúrbio de Damasco. Em outro subúrbio, Douma, onde protestos vêm ocorrendo nos últimos dias, estava sem contato em grande parte pois as linhas telefônicas foram cortadas, disseram ativistas. A mídia é muito controlada na Síria. "Liberdade, liberdade, nós queremos liberdade", gritavam os manifestantes, segundo testemunhas.
"Há franco-atiradores nos telhados. O tiroteio é pesado. Os feridos estão sendo levados às casas. Ninguém confia em colocar seu parente em um hospital nessas circunstâncias", afirmou um manifestante que não quis se identificar.
No leste, milhares de curdos se manifestaram em defesa de reformas, apesar da proposta do presidente nesta semana de eliminar regras que impedem muitos curdos de terem acesso à cidadania, disseram ativistas.
Agressões
Em Damasco, uma testemunha contou que agentes de segurança agrediram fiéis sunitas na saída de uma mesquita no bairro de Kfar Souseh, com o objetivo de evitar que eles realizassem protesto após as tradicionais orações de sexta-feira. "Era difícil saber quem era quem, pois as forças de segurança não usavam uniforme", relatou.
O governo afirma que os disparos contra os manifestantes foram feitos por "sabotadores e conspiradores".
Após a morte de seu pai Hafez al-Assad, que ficou cinco mandatos no poder, o presidente Bashar al-Assad ocupou o cargo. Desde quando o partido dos Assad, o Ba´ath, chegou ao poder, em 1971, a Síria vive em estado de emergência, o que suspende todas as garantias constitucionais.
Na semana passada, Bashar al-Assad chegou a sinalizar que daria fim à situação, mas voltou atrás durante um discurso no Parlamento.
A informação sobre as mortes foi divulgada por Ammar Qurabi, chefe da Organização Nacional da Síria pelos Direitos Humanos.
No entanto, o governo sírio informou por meio da televisão estatal que os mortos foram 19 agentes de segurança.
Deraa, localizada a 100 quilômetros ao sul de Damasco, é um dos principais focos de protestos contra o governo que começaram na Síria no meio de março, na esteira dos levantes no mundo árabe iniciados na Tunísia e no Egito.
Manifestantes também surgiram na cidade de Homs, no oeste do país, e disparos foram ouvidos em Harasta, subúrbio de Damasco. Em outro subúrbio, Douma, onde protestos vêm ocorrendo nos últimos dias, estava sem contato em grande parte pois as linhas telefônicas foram cortadas, disseram ativistas. A mídia é muito controlada na Síria. "Liberdade, liberdade, nós queremos liberdade", gritavam os manifestantes, segundo testemunhas.
"Há franco-atiradores nos telhados. O tiroteio é pesado. Os feridos estão sendo levados às casas. Ninguém confia em colocar seu parente em um hospital nessas circunstâncias", afirmou um manifestante que não quis se identificar.
No leste, milhares de curdos se manifestaram em defesa de reformas, apesar da proposta do presidente nesta semana de eliminar regras que impedem muitos curdos de terem acesso à cidadania, disseram ativistas.
Agressões
Em Damasco, uma testemunha contou que agentes de segurança agrediram fiéis sunitas na saída de uma mesquita no bairro de Kfar Souseh, com o objetivo de evitar que eles realizassem protesto após as tradicionais orações de sexta-feira. "Era difícil saber quem era quem, pois as forças de segurança não usavam uniforme", relatou.
O governo afirma que os disparos contra os manifestantes foram feitos por "sabotadores e conspiradores".
Após a morte de seu pai Hafez al-Assad, que ficou cinco mandatos no poder, o presidente Bashar al-Assad ocupou o cargo. Desde quando o partido dos Assad, o Ba´ath, chegou ao poder, em 1971, a Síria vive em estado de emergência, o que suspende todas as garantias constitucionais.
Na semana passada, Bashar al-Assad chegou a sinalizar que daria fim à situação, mas voltou atrás durante um discurso no Parlamento.
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