Os funcionários dos Correios aprovaram na tarde desta sexta-feira a manutenção da paralisação por tempo indeterminado. Eles não aceitaram a posição da diretoria da empresa que voltou a oferecer na quinta-feira a proposta apresentada aos trabalhadores antes da greve, que prevê reajuste de 6,87%, mais aumento real de R$ 50 e abono de R$ 800.
Na manhã desta sexta, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) protocolou nos Correios uma contraproposta que prevê aumento linear de R$ 200, bem como a reposição da inflação de 7,16% e aumento do piso salarial de R$ 807 para R$ 1.635. A categoria também exige a contratação imediata de todos os aprovados no último concurso público da empresa.
De acordo com os Correios, a contraproposta da Fentect é praticamente a mesma apresentada no início das negociações. O impacto dessas exigências nas contas dos Correios pode chegar a R$ 4,3 bilhões, o que representa um aumento de 70% na folha de pagamento da estatal.
O diretor da Fentect, José Gonçalves de Almeida, afirmou que a direção da empresa rejeitou a proposta dos trabalhadores sem conhecê-la. Ele disse ainda que a categoria não aceita a proposta que foi reapresentada pelos Correios. "Não vamos apreciar uma proposta que já rejeitamos, queremos que a empresa venha e sente na mesa de negociação", disse.
Segundo os Correios, desde o início da greve, a média de atraso nas entregas chega a 35%. A estatal entrega todos os dias 35 milhões de objetos, entre correspondências e encomendas. Os serviços de Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta foram suspensos, já que eles funcionam com horários marcados para a entrega.
Com informações da Agência Brasil
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