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O papa, de 84 anos, encerrou o terceiro dia de visitas à sua terra natal com uma concentração de mais de 30 mil jovens em uma área aberta ao sul da cidade de Freiburg, uma região católica onde teve a recepção mais calorosa até agora na viagem ao país.
´O mundo em que vivemos, apesar de seu progresso tecnológico, não parece estar ficando melhor´, disse ele aos jovens. ´Há ainda guerra e terror, fome e doença, amarga pobreza e opressão sem misericórdia.´
O papa fez um apelo para que eles erradiquem todas as formas do mal na sociedade e não sejam ´cristãos indiferentes´, ao dizer que a falta de comprometimento com a fé fez mais estragos à igreja do que seus inimigos jurados.
Os jovens na multidão demonstravam entusiasmo enquanto ele falava. ´Nestes dias, a igreja é apresentada pela mídia de modo muito negativo, por isso é importante que nós, jovens, vejamos que também podemos estar orgulhosos da Igreja, e que a própria igreja não é ruim, mesmo que algumas pessoas tenham causado decepções´, Kathrin Doerr, de 26 anos, que participou da concentração de fiéis.
Antes, em uma reunião com líderes cristãos ortodoxos, Bento 16 falou contra o aborto, eutanásia e casamento gay.
´Nós, como cristãos, atribuímos grande importância à defesa da integridade e singularidade do casamento entre um homem e uma mulher de qualquer tipo de interpretação errônea.´
COMUNISMO e FÉ
No penúltimo dia de sua viagem à Alemanha, o papa transpôs as divisões geográficas e religiosas do país, enaltecendo os fiéis por resistirem ao efeito da ´chuva ácida´ do comunismo na antiga Alemanha Oriental e se dirigindo a entusiasmadas multidões de católicos no oeste alemão.
Numa missa na praça medieval na cidade de Erfurt, onde apenas cerca de 7% da população é católica, ele elogiou os alemães do leste que permaneceram leais à Igreja durante os opressivos anos do nazismo e, depois, do comunismo.
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