Justiça quebra sigilo de Agnelo Queiroz e Orlando Silva


Objetivo é saber se eles se envolveram em esquema de desvio de recursos do Ministério do Esporte

O
 ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta sexta-feira, 18, a quebra do sigilo bancário e fiscal do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), -- foto à direita -- e do ex-ministro do Esporte Orlando Silva (PCdoB). O acesso aos dados foi requerido pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que conduz no Ministério Público Federal as investigações sobre suspeitas de um esquema de corrupção no Ministério do Esporte.
Além de Agnelo e Orlando, o policial militar João Dias Ferreira e mais oito empresas e entidades tiveram o sigilo quebrado por determinação do STJ. O objetivo de Gurgel é saber se eles se envolveram num esquema de desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. Há um inquérito aberto no STJ para apurar as supostas irregularidades.

A quebra de sigilo vai de 2005 a 2010. Agnelo foi ministro do Esporte de 2003 a 2006 (quando era filiado ao PCdoB) e Orlando Silva -- foto à esquerda -- de 2006 até outubro deste ano. Ambos negam envolvimento com as supostas irregularidades no programa destinado a incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes carentes. Há suspeitas de que o dinheiro liberado para o Segundo Tempo tenha sido desviado para pessoas ligadas ao PCdoB.
Pela decisão de Asfor Rocha, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) também poderá fazer um rastreamento de eventuais movimentações suspeitas envolvendo os investigados. O ministro determinou ainda que sejam colhidos depoimentos do governador, do
ex-ministro do Esporte e de outras 26 pessoas.

Luiz Vasconcelos

O redator do blog tem formação acadêmica pela Universidade Estadual do Ceará na área de Pedagogia, no entanto, tem grande predileção pelo jornalismo.

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