Pouco menos de três dias após assembleia onde professores do Estado votaram pelo fim da greve da categoria e a retomada das negociações, profissionais de cidades do interior voltam a denunciar agressões por parte de alunos e professores da capital.
Um e-mail publicado no blog Sobral Em Revista denuncia que um ônibus que transportava professores de Cariré, Pires Ferreira, Jaibaras e um micro-ônibus de Taperuaba foram impedidos de sair do Ginásio Paulo Sarasate por um grupo de estudantes liderados por alguns professores de Fortaleza.
De acordo com a educadora Maria do Livramento Dias de Oliveira, após 50 minutos de ofensas, gestos obscenos e ameaças de furar os pneus dos veículos, os estudantes resolveram entrar e ameaçaram os professores.
"Segundo uma estudante, que estranhamente lamentava pelo fim da greve, nós não deveríamos mais voltar para Fortaleza. A jovem, muito alterada, disse mais ou menos o seguinte: - Nós vamos deixar vocês irem, mas não voltem mais; se vocês voltarem nós poremos fogo no ônibus de vocês, mesmo que vocês fiquem em um hotel. E vocês sabem que nada nos ocorrerá porque somos menores”, revela a professora.
"Eu fui a Fortaleza e votei pelo fim da greve. Sou sindicalizada, tenho direito de voto. A liberdade de expressão, princípio máximo da organização sindical desde as suas origens remotas no século XIX, me dá o direito de concordar ou não com determinada situação em que minha classe esteja inserida. Se houve profissionais que foram obrigados a votar, isso é com eles e só eles podem confirmar ou negar isso. Em Fortaleza vi muitas camisas com a inscrição: GOVERNADOR, RESPEITE O PROFESSOR. Depois do ocorrido fiquei com vontade de confeccionar uma camiseta com a inscrição: PROFESSOR, RESPEITE SEU COLEGA PROFESSOR”, exclama a docente.
(Portal CearaAgora)
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