Todos desejam trilhar o caminho da felicidade. Até hoje não se conseguiu nenhum Sistema de Posicionamento Global (GPS) para orientar-nos por esse caminho. Ninguém tem o segredo.
As religiões, os filósofos, os sábios apresentam coordenadas diferentes. Mais fácil parece indicar-lhe os óbices.
Talvez a maior fonte de infelicidade esteja na fugacidade dos momentos de felicidade, na capacidade de controlarmos a decadência do próprio corpo, que caminha para a morte.
Abatem sobre nós as desgraças físicas e espirituais, culpa pelos erros, depressão, a insaciabilidade do prazer, dificuldades nas relações afetivas com as pessoas, fracassos das expectativas, o peso do trabalho, a frustração do desemprego e tantas outras situações.
Que fazer para encontrar o caminho da felicidade? Uns pensam encontrá-lo na satisfação dos instintos e sentidos. A felicidade epidérmica. Outros apontam as atividades espirituais, já que é a parte mais elevada do ser humano.
Há aqueles que consideram o desejo a fonte última da infelicidade. Então nos cabe trabalhar os desejos até silenciá-los. Quando conseguirmos, teremos a felicidade do silêncio.
Pessoas realistas julgam que seremos felizes se nos contentarmos com o que temos e podemos concretamente. Aproveitemos e gozemos das pequenas alegrias do cotidiano e esqueçamos o futuro. Vale o presente. Só nele se é feliz.
Os místicos apontam o mergulho no infinito mistério de Deus. Imersos nele, gozaremos as alegrias maravilhosas de seu amor. Ninguém como São João da Cruz exprimiu tão bem tal experiência. E, na mesma linha espiritual, Jesus, levando a tradição bíblica à sua perfeição, traduz o caminho da felicidade como amor a Deus e aos irmãos. Há mais felicidade em dar que em receber.
J. B Libânio
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