O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse nesta terça-feira que os depoimentos dos delegados responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo comprovam que houve uma "burla" à Constituição.
Os delegados teriam confirmado que a Procuradoria-Geral da República sabia desde 2009 do teor dos telefonemas entre o senador e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Assim, não poderia ter deixado de informar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ser autorizado a investigar Demóstenes, que tem foro privilegiado. As informações são da Agência Senado.
O depoimento dos delegados ocorreu em sessão fechada da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, no último dia 8. Kakay classificou a omissão da PGR como um evidente erro de procedimento jurídico. Desta forma, segundo o advogado, as provas do inquérito que corre no Supremo desde a prisão de Cachoeira, em março, são nulas.
O advogado disse ter consciência de que o julgamento de seu cliente no conselho é político, como já afirmou o relator do processo movido com base em denúncia do Psol, senador Humberto Costa (PT-PE).
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