Dados divulgados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) do Ceará, constata: mais de 58 mil crianças entre 10 e 14 anos trabalham ilegalmente no estado. Entre os municípios com maior percentual de crianças trabalhando está a cidade de Irapuan Pinheiro com índice 23,3%, e em seguida vem os municípios de Cruz (20,12%), Caririaçu (19,57%), Quiterianópolis (19,05%) e Salitre (18,54%).
Os números fazem parte de um estudo realizado pelo procurador do Trabalho, Antonio de Oliveira Lima. Segundo ele, nem todos os casos de trabalho infantil se configura como crime, mas são ilegais. "Depende de como a criança trabalha para ser considerado crime. Quando é abuso, exploração ou trabalho pesado, ele é crime", diz. Ele ressalta que a legislação brasileira permite que crianças de 14 anos trabalhem de forma legal na condição de menor aprendiz, no entanto, no Ceará, apenas 2% dos cearenses que trabalham são menores aprendizes.
Campanha
Para combater o número considerado alto de crianças trabalhando no Ceará, o Ministério Público do Trabalho tem percorrido várias regiões do estado em caravana, e nesta terça-feira será lançada a campanha “Vamos acabar com o trabalho Infantil”. O evento será realizado no Auditório do Centro de Treinamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), em Fortaleza, e contará com a presença de coordenadores do Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Peteca), coordenado pelo MPT.
Redação: Luiz Vasconcelos
Com informações do G1.
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