Se a escassez de chuvas no país permanecer até o fim do período de chuvas, em abril, o país poderá ser obrigado a manter acionadas permanentemente em 2013 as usinas térmicas para suprir a falta de água nos reservatórios das hidrelétricas. Segundo afirmou nesta quarta-feira o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, nesse pior cenário possível, o custo mais elevado dos combustíveis das térmicas poderá levar a uma alta entre 2% e 3% das tarifas aos consumidores em 2014, quando os custos são repassados para as contas de luz.
— Mas não esperamos que isso vá ocorrer — disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destacando que, no melhor cenário de chuvas, o custo mais elevado com o uso de térmicas nos últimos meses poderá ser compensado ao longo do ano.
Durante a entrevista concedida após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), Lobão afastou preocupações sobre racionamento de energia devido ao baixo nível dos reservatórios das hidroelétricas. O ministro ainda negou que possa haver desabastecimento de gás para as indústrias, já que o recurso está sendo usado para produzir energia pelas usinas termoelétricas.
— Ficou a tranquilidade reiterada de que o país possui um estoque de energia firme, segura e em condições de atender a todas as nossas necessidades – disse Lobão.
O ministro também garantiu que, independentemente da variação das tarifas por conta do uso das térmicas, segue mantida a previsão de redução de 20% das tarifas de energia a partir de fevereiro, como prometeu a presidente Dilma Rousseff. (OGLOBO)
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